sábado, 31 de maio de 2008

Classicismo

www. wikipedia.org

CAMÕES

Nascimento: provavelmente entre 1517 e 1525em local desconhecido
Falecimento:10 de junho de 1580Lisboa, Portugal
Nacionalidade: Português
Ocupação: Poeta
Escola/tradição: Classicismo

Durante o século XIV, a Europa começava a se preparar para uma grande transformação política, econômica e cultural que teve seu auge ou apogeu nos séculos XV e XVI, chamado de classicismo, também conhecido como quinhentismo, já que se manifestou no século XVI, em l527, quando o poeta Sá de Miranda retornou da Itália trazendo as características desse novo estilo. este fato marcou o início dos tempos modernos. Esse período, pela história passa a ser conhecido como Renascimento, onde o homem passa a ser redescobrir, mudar de valores ter uma nova visão do mundo.



À medida que a sociedade vai se liberando do amplo domínio da igreja, a arte vai se voltanto mais para a realidade, valorizando o homem e colocando-o como centro do mundo. Esse antropocentrismo, oposto ao teocentrismo medieval, caracteriza o renascimento, identificado pela valorização da razão, pelo culto aos valores da antiguidade e pelo humanismo.

Segundo Hamlet, Willian Shakespeare "A obra de arte é o homem tão nobre no raciocínio, tão vario na capacidade, em forma e momento, tão preciso e admirável, na ação é como um anjo, no entendimento é como um Deus, a beleza do mundo, o exemplo dos animais".

Em Portugal vivia-se o auge do renascimento (econômico e político), porém só alcançou o plano da literatura em 1527, quando o classicismo chegou, com as novidades artísticas levadas da Itália pelo poeta Sá de Miranda, que em viagem àquele país, tomara comtato com o "doce estilo novo" criado pelos humanistas.

Entre os autores tipicamente renascentistas estão Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís Vaz de Camões.


  • Luís Vaz de Camões: compôs poesias líricas, um poema épico e 3 peças teatrais além de algumas cartas.

Obra Lírica: trás marcas de um homem divididas em dois momentos o renascimento e a idade média, apresentando oras forma estrutural da medida velha ora medidas novas.


Quanto aos temas os mais frequentes são:



  • A natureza vista harmoniozamente e devendo ser reflexo para o mundo interior do homem.

  • Passagens biblicas servindo como pretexto para o poeta pensar o amor e o bem.

  • O amor analisado racionalmente, dissecado pelo poeta, e mais voltado para a idealização do que a concretização. É o amor platônico.

  • O desconcerto do mundo, isto é, a percepção do poeta para a desarmonia que provoca o sofrimento do ser humano.

  • A brevidade da vida e a inconstância das coisas: a consciência de que a vida é passageira e o sentimento de inadaptação do poeta.

Obra Épica: Os Lusíadas


Os Lusíadas é considerado o maior e mais importante poema épico da língua portuguesa, teve como modelo literário a Ilíada e Odisséia de Homero.

O poema está organizado de acordo com a epopéia clássica, isto é, em:



  • Proposição

  • Invocação

  • Dedicatória

  • Narração

  • Epílogo

Exemplo de Soneto:

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

(Luiz Vaz de Camões).

Análise do Soneto acima:

Luis Vaz de Camões foi um poeta de grande valor no renascimento. Ao desenvolver o tema renascentista da mudança (mudam-se os tempos, mudam-se as vontades) o poeta faz um verdadeiro desenvolvimento filosófico sobre o tempo do ser humano.

Este busca a fundo as mudanças sofridas ao longo do tempo, que nada permanece como está, que tudo é passageiro, porém devemos sempre lembrar dos acontecimentos bons ou ruins, devemos guardá-los para mais tarde mudar os nossos atos, sempre buscando melhorá-los.
O poema é um soneto, pois apresenta dois quartetos e dois tercetos, possui versos decassílabos, regulares, apresenta simetria e forma fixa.
Na 1ª estrofe as rimas são interpoladas ABBA, sendo as rimas A gramaticalmente ricas e foneticamente pobres, as B são gramaticalmente ricas e foneticamente pobres.
Na 2ª estrofe as rimas são interpoladas ABBA, sendo as rimas A gramaticalmente e foneticamente ricas, já as B são gramaticalmente e foneticamente pobres.
Na 3ª e 4ª estrofes as rimas são misturadas CDCDCD apresenta rimas externas por estarem situadas no final das frases.
O poema apresenta metáfora na 1ª estrofe no verso 3 para dar ênfase ao mundo que é composto por varias mudanças, transformações, apresenta aliteração do “m” para dar maior musicalidade e repetição de palavras (mudam-se) para resgatar a palavra anterior, podendo assim da uma homogeneidade.

Análise feita por: Paula Roberta Moura, Josiany Costa, Marli Silva

Fontes: www.mundosites.net

www.suapesquisa.com

mundoeducacao.uol.com.br

www.portalartes.com.br






terça-feira, 27 de maio de 2008

A Força da Intertextualidade

Leitura atenta de algumas das consideradas obras-primas do romantismo acidental, por exemplo, revela no unterior da própria história constantes alusões a leitores, livros, e leitoras. Vê-se isso, por exemplo, quando nossa carioca Lúcia (José de Alencar, Lucíola, 1862) lê a história de A dama das camélias (Alexandre Dumas Filho, 1848), que por sua vez lê a história de Manon Lescaut (Abade Prévost, 1731), estabelecendo-se, através desta leitura encadeada, o paralelo não só entre as protagonistas, mas entre várias manifestações do gênero romance que, em sua vocação para a circulação ampla e irrestrita, criava, nestas cenas de leitura, novas formas de intertextualidade.
(Marisa Lajolo)